Eu me peço

Eu me peço desculpas por nem sempre sorrir,

Às vezes bate uma saudade, e com ela não posso mentir.

Sinto que o tempo me compreender sem me entender,

No destino que me julgo dos sonhos que pretendo viver.

À noite sinto meu peito pulsando,

Meu pensamento voa longe, ele mora ao seu encontro.

Ao encontro da lembrança do que não aconteceu,

A espera eu alcanço por sonhar o que é meu.

O repouso na areia eu tento encontrar,

Escrevo em terra branca, o que o mar apagará.

Levará consigo meus desejos de poeta,

E deixará em minha lembrança esse momento que me acoberta.

Sinto o sol sobre meus ombros, me queimando com verdades,

Sinto a onda ao meu encontro me dizendo sinceridades.

Vejo a tarde indo embora com as horas que passou,

Passou levando ao mar os sentimentos que ficou.

Observo a noite chegando e ali eu continuo,

Para ver como é belo o cair de outro mundo.

Ao levantar-me sobre areia, sinto meus pés molhados

Ao pisar-me sobre o solo sinto um mundo inacabado.

Sinto no mar o refúgio de uma calmaria,

Onde ele levara tudo,

E só deixastes sobre a terra, a história que eu dizia!

Carol Lehner
Enviado por Carol Lehner em 08/01/2010
Reeditado em 08/01/2010
Código do texto: T2018508