ECLIPSE DA ESPADA

************

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨>>>>

************

Belo brilho forjado no fogo

Retirado da terra, dantes fosco

Sempre revestido de prudência

Para não revelar-se na luz da inconsequência.

Causando temor no seu reluzir

Põe o forte também a fugir

Não há quem caminhe em sua linha reta

Quando vem despir-se para o mal desperta.

Apagou-se a luz incandescente

Quando cravado na carne indecente

E a cor escarlate cobriu a beleza

Queimando o que antes era só frieza.

O metal afiado não se mostra clemente

O grito não ecoa mas a dor é imanente

Embebeda-se no vinho inimigo

E repousa no silêncio arguido.

Deu início a todas dores

Trazendo os piores temores

Quem fará que de novo se brilhe

Pois a glória entrou em eclipse.

O afiado sorriso foi cobrido

O metal pelo sangue é tingido

Quem desprenderá o escalibur

Se a lenda se foi com rei Artur.

Jessé Nóbrega Cardoso.

Jessenc
Enviado por Jessenc em 08/01/2010
Reeditado em 19/09/2012
Código do texto: T2018400
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.