Chopin, chá e chuva

Chopin, chá e chuva

Infinitos corredores, tem a vida

Recortando abismos silentes, negros

Apavorantes, até cairmos neles

Viver... é como se nos guiasse o medo

Para chegarmos em lugar nenhum

Sempre fugindo do pavor da quietude, de nós mesmos

O corpo é sempre fraco ante a força desejada

E nada, neste plano, é mais forte do que o sonho

Capilaridade que, translúcida, trans(forma) a realidade

Como o sangue, que há nas veias

O amor, que há entre os homens

É a seiva que compõe a Humanidade

Enquanto o mal, de insidiosas teias

Aliado à mentira, torna alheias

Toda fé, a vida e a verdade

(Djalma Silveira)