MUY FUERTE

A boca não obedece

E teu nome tece

E deseja

E se aquece

Todo o corpo freme

Diante da matéria

A poesia arrefece

De ciúmes geme

Chora

Corre para outros braços

Estremece

A matéria se comprime

Cúmplice da química e da física

Se dá

Se excede

De nada precisa

A não ser de pele

Da luxúria da carne

Não mais da prece

De novo se dá e repete

Em êxtase

E de ti se esquece