Um arco-íris que brota da montanha azulada.
uma chuva de colheres de prata,
os cacos de vidros reluzindo o medo
e a síndrome de pânico se espalha.
Daltonicamente conto os segundos
temendo que a praia me engula,
suspeitos por todos os lados,
olhares de estranhas criaturas.
Esse polvo não me prenderá
com nenhum tentáculo horripilante,
andarei até os confins dessa areia
para que o perto, fique mais distante.
Agora que estou distante de tudo,
é fácil fugir de todos os meus medos,
pessoas, fantasmas, feras, sombras,
jamais descobrirão meus segredos...
Estou voando para o outro lado...
Do abismo.