ARTIFÍCIO
ARTIFÍCIO
Escrevo o que sinto
e sinto o que escrevo!
Pesco letras nas varandas,
deixo adormecer as palavras
e as cuido.
Trato-as com respeito e parcimônia,
pois são ariscas e tem vontades.
Tento fazer-me íntima,
desconverso e...me aposso!
Vez ou outra, falamos a mesma língua.
É quando eu me faço poeta
e a poesia faz-se humana.
Basilina Pereira