O SONHO - Tomo II
Tomo II
O Sonho (A Miragem)
Parte o sol, vejo chegar o crepúsculo
Meu olhar profana o véu da noite
A procura de sinais que me mantenham no curso
Sigo firme sempre em sua busca
O graal de toda minha existência
A noite me acalenta
Em sonho vejo teu rosto
Sinto teu cheiro doce perfume da manhã
Embora esteja frio
Sinto-me confortável em teus braços
E me perco em seu silencio
Temo o desfecho deste destino
Você chegou como uma miragem
Um Oasis em meio ao deserto
Mas, como matar a sede
És infinitamente inalcançável
Regressei do sonho
Com aquela sensação de vazio, de perda
O sol irradiava sobre convés
O vento lançava-se contra as velas
- por todos os deuses – velejarei a tua procura
Imagine o mar aberto
O tragar das ondas no casco
Em que terra tu se esconde
Vivo por querer ver-te
Vivo dessa vontade de amar
Como poderei amá-la, sou a plebe
Almejando a realeza
Idealizando um conto de fadas
Que não passará de fantasia
Infligi todas as leis
Ousei amá-la
E me condenei a navegar
Em direções equivocadas
Pois não tenho a bússola do seu querer
Amá-la
É buscar a imortalidade
Concedida apenas aos deuses
Você é Atena, é Afrodite
Deusa da inteligência e de uma beleza infinita
Osvaldo Rocha