Nego
Nego oque sei, oque me fiz, bate-me um cansaço. É como se esperar a primavera e vir um outono, tardes cinzas, foi trocar toda a beleza dos girassóis por folhas secas caídas ao chão. Saiu o cenário do Sol quente que me abrigava a dor e vir o vento gelado umidecendo meus cabelos.
É pensar em euforia, pipocas pulando, de um caroço a um botão em flor. É o botão que não desabrochou.
Bate-me um cansaço, por vezes até prazeroso, por vezes...cansada do tudo do nada, do que nem veio...
Bate-me a euforia então, uma ebulição tão louca, mas tão pouca...
Nego, nego tudo, nego oque fui, nego oque serei.
Ser para dar, ter e trocar são as antíteses das direções.
Negarei até o fim, oque fui, oque foi.