O PRÍNCIPE DAS AMÉLIAS
Não tenhas em mim um príncipe,
sou todo obstáculo ante teus sonhos.
Do meu amor, serás uma respigadeira.
Do meu lar terás a sina das borralheiras
que não vingam.
Entregarei-lhe sem limites
minhas angustias e aflições para que,
com seu pranto, abrandes minha alma.
Do teu labor serei escravo
tornando néctar o teu suor.
Terás de mim, um régulo,
o consolo das carpideiras
em teus momentos de dor.
Afora isso, não me vejo como um sapo,
sou apenas um caçador solitário, sem amor.