A BELEZA DAS MÃOS
A água cristalina da fonte
Abrandou a sede do caminhante...
Escorrendo por entre as mãos em concha,
Purificando todo o seu ser...
Mãos trêmulas denunciando momentos de tensão,
Que já esconderam o choro de uma face de dor...
Mãos estendidas como se mendigassem carinho,
Espalmadas para uma graça divina obter...
Mãos que já ninaram os sonhos de criança
E se entregaram ao aperto de uma união...
Mãos que já se postaram em momentos de fé,
Que tanto embalaram o próprio amor
Como destruíram as esperanças
Na raiva que não pôde se conter...
Mãos que falaram mais do que palavras
E esculturaram muitos talentos criativos...
Mãos que já indicaram caminhos
A envolverem tantos outros destinos,
Misteriosamente marcados nas linhas de sua palma,
Sutilmente revelados a quem as soube ler...