RUPTURA

Nunca nos entendemos, em verdade

Todavia, convivíamos.

Éramos - somos - tão iguais, no entanto

Que nos destruímos.

Você lá, eu aqui.

E o ruído do vento balança a janela

que não se abrirá mais.

Guardamos em nós, infelizmente

nossas origens.

E com ela seremos cremados

na escuridão dos tempos.

Bardo Setelagoano
Enviado por Bardo Setelagoano em 04/01/2010
Código do texto: T2011525