DEVORADOR DE VERBETES

Reconheço o amadorismo das rimas

e as imperfeições dos verbos,

ações intempestivas parafraseando estrofes.

Predito minhas falhas,

contudo, um olhar kantista negaria os fatos.

Não sendo douto, versejo heresias maiêuticas;

concatenado finjo alguma sabedoria,

portanto, quem decifrará essa antinomia.

Reconheço o amadorismo dos versos,

meu ato falível e decerto arrogante,

entretanto, estarei liberto no desenlace do texto,

neste estendedoiro literal.

"A vida urge sob crenças e reticencias."

Num ato soberbo escabicho minh'alma

e deixo luzir suave engôdo ao teu olhar,

então, leia-me nos adjetivos,

nas falácias que endossam o esboço

e vamos juntos sorver _ do Aurélio e seus confrades _

o conhecimento e a explicação.

Sandro Colibri
Enviado por Sandro Colibri em 04/01/2010
Código do texto: T2011120
Classificação de conteúdo: seguro