“EFEITO BORBOLETA” e a TEORIA DO CAOS

Doi demais

Quando a poesia bate as asas

E se vai

Dói mais que o parto

Que a saudade

Mais ainda que a morte

Ser abandonada pela poesia

É mais que adoecer

Falta de sorte

A pior de todas as perdas

A mais brutal separação

Parece o mundo desabar

Tudo fora de lugar

O caos total

De onde uma ordem

Jamais advirá

Perder a poesia

Equivale a perder o ânimo

Devorada ser

Pelos bichos

Do não-ser

Cadáver insepulto

Ter olhos

E nada ver

Não quero perder a poesia

Quero viver