Manifesto

De tanto gritar, emudeci.

Hoje, não grito

Não ouço, não falo

Tão pouco me abalo

Por aquilo que não pude falar.

Palavras nem sempre dizem

Aquilo que se quer dizer

Embora sejam elas

Formas concretas

São incertas ao querer explicar.

Deixo que meus olhos falem

Nas lágrimas que caem

No abraço apertado

No ficar só sentado

Esperando a vida passar...

Quem sabe no louco caminhar do tempo

Esse que ora é amargura, ora é contentamento

Esse tão ruidoso silêncio ,que outrora fora palavras

Possa ser ouvida embora nenhuma palavra seja dita

Nessa bendita busca sem fim.

Entre os absurdamente surdos, incompreensivos

Que minha alma brame e derrame todo sentimento que há em mim.

Elicia Dock Holtz
Enviado por Elicia Dock Holtz em 03/01/2010
Código do texto: T2008200
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.