PRIMEIRO ESPELHO
No primeiro espelho velado, o rosto amado
confundindo imagens
sempre à espreita
sempre o encanto ,o desamparo
do que foi
do que há por vir.
Não há como proteger dos primeiros reflexos
as mãos se deparam vazias, falidas
sem bagagens ou garantias.
Só há o abismo
no jogo das sombras que fogem
da imagem escorregadia
que as mãos acariciam
os pedaços rasgados
vagorasamente deitados na estrada
até o dia que não mais machuquem
ao andar nas lembranças do passado
e o SEGUNDO ESPELHO!
24/07/06