Vagabundo

E sou eu a puxar as tranças da princesa,

Fazer troças da feiúra dela,

Ela me tem raiva, me xinga,

Rostinho dela parece porcelana, vermelho,

Os olhinhos de cólera, loucos de ira

E eu saio rindo dando estrelas.

Ela vai chorar para o pai, o rei

Com seu bobo da corte, amantes inseparáveis,

Vai dizer que eu o vagabundo roubou seu sossego

E o rei com seu bobo da corte irão rir,

Da sorte do vagabundo, livre do peso, pássaro livre,

Sem compromissos, eu o vagabundo dando estrelas,

Não carrego o mundo nas costas,

Vou rindo, do rei, da princesa e do bobo da corte

E das cantigas e cirandas vou compor meu festejo,

Caçoar da tristeza ri dos tolos, fazer pirueta,

Vou dançar, bailar ao luar, na solidão valsar,

Eu o vagabundo, sou a estrela que dá cambalhotas.

( Rod.Arcadia)

Rodrigo Arcadia
Enviado por Rodrigo Arcadia em 02/01/2010
Código do texto: T2007698
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