Ano Novo
Ano Novo
O fantasma ergueu-se na multidão,
Por entre os aplausos de gente frenética,
E as luzes do colorido do fogo,
Que queima e faz suar a minha mão,
Quente, segurando os restos do mapa,
Que me levou para o centro da duna,
Minha alma branca, olhando o rumo,
Vê que nada ficou,
De um mundo que tanto mudou.
Deixei no caminho tudo o que pintei,
Deixei meu laço, meu coração,
Os sons das minhas montanhas,
Meus segredos tamanhos,
Meus sonhos desfeitos,
Por entre a luta contra tua espada,
Virei desertor,
Um soldado perdido, nada.
Sou a imagem, só a pintura branco tinto,
Misturado no meio dos balões,
Viva o novo ano,
Que me traga novos sonhos, milhões,
Que me resgate flores e corações,
Que me leve no vento,
No embalo das multidões,
Que me leve ao teu regaço,
Que me tire o fantasma, do passado!
Nenúfar 1/1/2010