2010 AD

Que estamos esperando?

Vamos dar uma oportunidade à Anarquia, pois todo o resto falhou.

Nós falhamos, somos um bug no código fonte.

Não acho justo que estruturas daninhas autoreplicantes e superférteis como nós continuem a esterilizar o planeta. Vocês acham?

Fim a todas as formas de planificação da consciência humana! Fim às religiões, modas, ao governo, dinheiro, famílias, cidades, empregos, zoológicos, escolas, campos de concentração, corporações, sociedades secretas e mídias.

Fim às algemas criadas na mente e pela mente!

Vamos saltar o fim, voltando ao começo.

Vamos anular, voltar ao default.

Desligar a máquina não adianta.

É preciso banir os conceitos e os ícones,

Desagrupar o Real, o Imaginário e o Simbólico.

Implodir a Linguagem, decapitar a Razão.

Na grande solidão do Espaço há lugar para uma Nova Terra, sem ocidente ou oriente.

Que o Amor seja audacioso e perene.

Que renasçam os últimos cavaleiros românticos!

Que possamos ter vida plena e neolítica, de novo!

Que os animais e crianças sejam sagrados. Os rios, o ar, a terra e o fogo.

Todos serão iguais(=) sob as doces asas anárquicas.

Pois os oráculos já não existem mais,

Os deuses calaram, a dimetiltriptamina acabou. O ego está morto.

E agora, homem?

Avatar de sílica, onde está tua grandeza?

Monumento global da Incompletude, que teme tudo...

Pai solteiro de um Decadente Mundo Novo,

Requies.

Filicio Albara
Enviado por Filicio Albara em 01/01/2010
Código do texto: T2005626
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