O salto da libélula
O inquietante ser,
misterioso andróide
da mística celeste,
vagueia pelo dia
adentra a noite
vigia a lua.
Da moldura flácida
os olhos saltam
como as narinas,
que farejam tolas
o vaivém das folhas
sem motivo algum.
Pobre errante
mãos envelhecidas
açoitam trêmulas
a alma da libélula.
Fomenta seu ciúme
do que apenas nasce
em sua mente torpe
de matéria plástica.
Sem fios de verdade
sua memória morre
entre um piscar
e outro
da existência vil.
30/12/2009