O salto da libélula

O inquietante ser,

misterioso andróide

da mística celeste,

vagueia pelo dia

adentra a noite

vigia a lua.

Da moldura flácida

os olhos saltam

como as narinas,

que farejam tolas

o vaivém das folhas

sem motivo algum.

Pobre errante

mãos envelhecidas

açoitam trêmulas

a alma da libélula.

Fomenta seu ciúme

do que apenas nasce

em sua mente torpe

de matéria plástica.

Sem fios de verdade

sua memória morre

entre um piscar

e outro

da existência vil.

30/12/2009

Solua
Enviado por Solua em 31/12/2009
Reeditado em 14/01/2010
Código do texto: T2004631
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