Samurai
Ressonantes rajadas de chuva,
A lâmina hematófaga
Que carinhosamente lambe
O sangue do guerreiro inimigo,
Que não se adere ao metal.
Samurai, samurai.
O golpe da katana
Não atravessa a armadura,
Teu espelho de metal.
Teu cavalo te leva
Nas terras vermelhas e antepassadas.
Tua era ficou em guerra,
Teus cabelos translúcidos e negros
Desfiados em campo de desafio.
Às gueixas que conquistastes
Jamais retornou
Como os olhos de falcão sagaz.
Às donzelas que te conquistaram
E que não retornaram
É que foram explicadas
As travessias violentas do teu gume.
E então dirá sayonara
Sem pensar Gumen nasai,
Samurai, samurai.