*
*
Verdade*
Os braços em colheitas
Não são cravos, nem rosas
Apenas a braçada do tempo
E o plantio da palavra
-são acenos, são afagos?-
Apenas o vento
Sibila no trigal
O logro do íntimo sussurro
Quem por mim me cala
-uma busca incessante das bagas?-
Na fome em que me fito
Nesse rio amarelo que me ardo
Versos tudo nada
Vela sem chama do meu grito
-um mundo de papel aflito-
Noiva das palavras que me digo
Amor desmemoriado
No verbo me dou, na paixão me finjo
Amando sou, em poesia me minto.
Karinna*
**
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Verdade*
Os braços em colheitas
Não são cravos, nem rosas
Apenas a braçada do tempo
E o plantio da palavra
-são acenos, são afagos?-
Apenas o vento
Sibila no trigal
O logro do íntimo sussurro
Quem por mim me cala
-uma busca incessante das bagas?-
Na fome em que me fito
Nesse rio amarelo que me ardo
Versos tudo nada
Vela sem chama do meu grito
-um mundo de papel aflito-
Noiva das palavras que me digo
Amor desmemoriado
No verbo me dou, na paixão me finjo
Amando sou, em poesia me minto.
Karinna*
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