... mesmo que sem motivo...
Que tal pegar os poemas antigos
e dar mias uma olhada?...
... mesmo que sem motivo...
Desistir de combater, só pra descançar,
esse luz que tenta nos cegar e
pegar mais uma vez sua pena roubada
de algum canto do seu mundinho próprio
e escrever... escrever... escrever...
Dizer que, pelo menos, o caminho até
aqui valeu cada cicatriz e cada "adeus"
está gravado em minha'lma...
Deixar de lado meu urbanismo romantico
para voltar aos prados onde o romantismo
voa solto como alguém que nunca conheceu
a prisão... sem medo, sem pesar...
Sentar na beira da calçada, acender um cigarro
e esperar por mais um momento em que, sem
aviso, alguém vai cruzar essa esquina onde sento
e perguntar o que me acontece...
... o que responderei?...
..."Senti aquilo que nenhum sentiu além daqueles
que um dia se chamaram de poetas da cidade
Um amor que fingiu ser aquilo que não é, mas,
mesmo assim, continua berrando dentro de mim
para não deixar de ser sonhado"...
Se essa pessoa entender ou não, não posso
fazer nada a não ser esperar a resposta.
Se ela me der as costas, me chamar de louco,
e desistir de me ajudar, tanto faz...
"Já transcendi minha felicidade no momento em que vi duas crianças do outreo lado da rua dando seu primeiro beijo inocente..."