Imaginar
Descobri uma velha...
Velha aranha a tecer,
Sua teia em fantasia!
Como tecia... Era com benevolência,
Uma bondade tamanha em ardil,
Sem saber... Tecia!
Descobri num olhar de encanto,
Que ela fazia macramê, como faço,
... No meu pensar!
Entre ser “uno destruoso”
Em poema que teço... A mente
O meu ponderar imenso, airoso!
A tecedura da aranha...
Refletida sob a graciosa luz do dia...
Mas singela e pura invenção!
Que tecia noite e dia, sem parar.
De modo que fez cair do céu... Girassóis!
Uma velha fez no seu acolchoar...
A minha velha... Que tecia,
Sempre imaginando que um dia
Teu amado poderia voltar...
Tece velha, tece aranha.
Teço eu... Na tecedura
Desse meu jeito de te imaginar!