Radares de vigilancia.
A saudade é só uma palavrinha
A grosso modo meio sem sentido
Mas é pior que uma erva daninha
Capaz de destruir o jardim florido.
Quanto tempo se perde com ela
Com o intuito de espulsa-la
Ela se apresenta meiga e bela
E até mesmo perfume exala.
E no fundo o que ela quer fazer
É só escravisar a tua mente
Te obrigando somente viver
Num passado longiquo ou recente.
Mesmo vendo que o que foi não volta
Ela dispõe de tempo pra insistir
Fazendo com que a alma se revolta
E o coração vai deixando de sorrir.
Certamente a saudade é a mãe
Da tão desnaturada teimosia
Andar pra traz é só o que ela propõe
Enxendo a cabeça com vã fantasia.
Instalei radares de vigilancia
Por todo canto onde eu passar
E da saudade eu quero distancia
Nesse ano novo que vai entrar.