Radares de vigilancia.

A saudade é só uma palavrinha

A grosso modo meio sem sentido

Mas é pior que uma erva daninha

Capaz de destruir o jardim florido.

Quanto tempo se perde com ela

Com o intuito de espulsa-la

Ela se apresenta meiga e bela

E até mesmo perfume exala.

E no fundo o que ela quer fazer

É só escravisar a tua mente

Te obrigando somente viver

Num passado longiquo ou recente.

Mesmo vendo que o que foi não volta

Ela dispõe de tempo pra insistir

Fazendo com que a alma se revolta

E o coração vai deixando de sorrir.

Certamente a saudade é a mãe

Da tão desnaturada teimosia

Andar pra traz é só o que ela propõe

Enxendo a cabeça com vã fantasia.

Instalei radares de vigilancia

Por todo canto onde eu passar

E da saudade eu quero distancia

Nesse ano novo que vai entrar.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 29/12/2009
Código do texto: T2000615
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