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Somos mutantes

Louca poesia

Louca loucura
Que se apossou da vida
Ai que vida
Que rasga todas as loucuras
Que deram vida á vida
Dilatando emblemáticas simbologias
Louca loucura
das  horas de ternura
Tragédias odisseias
que não caiam no fosso das trágicas loucuras
Horizontes rasgados  e secas as  fontes
Dessas ternuras  de tão sérias e condoídas
é não mais que louca louquice
Venham outros loucos como eu
Neste dementar incitar
Este viver com outro olhar
E alargar  as odes loucas  ao amanhecer
E todo o passado que não é resguardo
Tragédias poesias e fados
cantos amargos se convertam e dançem à roda da fogueira
Apenas dilatar o que já se fez
E neste louco cogitar
Cuidar para não mais trovar
Imprudentes loucuras
Apenas seja essa a cura
E procurar a vinda de outro tempo
E nessa loucura se refazerem
Que venham poemas loucos e outros loucos a correr
Que se ponha tudo em alvoroço
Que se mudem hinos e vontades
Que se abrasem trastes velhos alquebrados
Que os poemas se refaçam na alegria
Em outras histórias outras leituras
Ressurjam à luz do dia
Que Seja o finalizar desta loucura
porém nossas gestas não se olvidam
Sagradas honras de poetas
Que de tão loucos
foram heróis obreiros
Que à pátria deram a sua apologia
Mas não se limitem os sonhos
Mutações da inovação
tudo muda e vai mudar
de um tempo tão curto e tão vão
que do nosso ser avulta em profusão
não se apaguem passos
que se ame como se não houvesse àmanhã
apenas se enjaulem os loucos que não falam de amor
que fingem ser poetas e não o são.

De tta

28-12-09


Nós somos feitos da mesma matéria que os sonhos
 Shakespeare
 
Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 28/12/2009
Código do texto: T2000236
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