DESVAIRO

Não me negues a fonte cristalina,

Deixe-me saciar esta sede ardente,

Embriagar-me neste momento fascinante.

Minha amada, deusa menina,

Linda pintura no painel vivente.

Verdade nua deste peito amante,

Glória conquistada tão de repente

Quando os meus olhos encontraram os teus,

Tornando doce todos meus sentidos;

Na boca a secura do beijo presente

A morar comigo. Ó fonte de Deus!

Perdoe-me pelos carinhos atrevidos!

Banhe minha testa hora encalorada...

Quando meu sangue mudar-me a cor

Não me chame de tolo, nem abusado!

Assim procede esta alma desvairada

Em êxtase vivendo do amor e por amor

Correndo o risco de perder-te e ser desprezado.

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 27/12/2009
Reeditado em 27/12/2009
Código do texto: T1998506