AH! DOCE TORTURA...
Ah! Doce tortura...
Lembranças afloram na mente...
A imensidão do mar como tela...
A areia quente da praia...
Como cama...
Presenciavam o guerrear de nossos corpos unidos...
Numa louca sevicia...
Uma ousadia sem fim...
As gaivotas são as únicas testemunhas...
Da união frenética...
Que em continuo vai e vem...
São prólogos de nossa louca aventura...
Teu corpo serve de escudo...
Teu ventre caliente...
Emudece meus lábios...
Rubra minha face...
Visto a volúpia crescente...
Que o aroma emanado de nossos corpos...
Instigam-nos a um total clima de guerra...
Onde procuro penetrar em suas defesas...
Com ousados movimentos derrubo as últimas barreiras...
Lentamente aposso-me de seus tesouros...
Pareces totalmente subjugada...
De teus lábios urgem gemidos de entrega total...
Ouso me clamar vencedor...
Mas surpreendentemente...
Reverte o êxtase total do ganhador...
Transformando-o em teu êxtase...
Prende-mês em teu corpo...
Num ousado golpe...
Usando tua boca como arma...
Submete-me a torturas indescritíveis...
A luta continua sem fim...
O empate é eminente...
Pois nossos corpos...
Encontram-se exaustos...
Exauridos pelo sublime momento...
Onde o prazer se fez presente...
Marcando este breve instante...
Em nossa alma perpetuamente...
Ah! Doce tortura...
(Ocram 11/05/05)