Sonhos
Perto de onde moro
Há uma igrejinha,
Soa seu sino a todo instante,
Convidando às preces a cidadezinha.
O sino acabou de badalar meia-noite,
Ainda não consegui dormir...
Penso em fatos passados,
Penso em meu porvir.
E sobre o meu presente?
No momento estou só...
Traço uma analogia do presente com o passado
Para no futuro desatar este nó.
A vida cheia de altos e baixos
Provoca um torvelinho em nosso ser,
O que não vivi no passado
Será que no futuro dar-me-á prazer?
O presente já nem se conta
Uma tempestade varreu o meu interior...
Estou inócuo em meu íntimo,
Não consigo relacionar o amor e a dor...
O melhor é mesmo tentar dormir,
Talvez em sonhos eu construa um mundo encantado
Onde a dor seja dissipada, o amor predomine
E meu viver onírico seja um eterno sonho dourado!