*
*
Síncope*
Espraio-me no corpo celeste do verso
Como se estrelas em mar me beijassem
Solitárias viagens que nunca foram
Não sendo, esmaecidas nos idílicos dias
-sei-me flor no cume desse monte-
Varro dos olhos toda a impureza
Mordo o pêssego da palavra
Sem tradução um sentimento
Das faces, a poesia resvala
-fértil flora, fecundo ventre, lâmina imola-
É dor e se há sofrimento
O grito escapa das borboletas nos dedos
Se faz dia na ponta do lápis
Sou chuva, meteoro, ungüento
-uma prece em sopro, verbo em juramento-
No fim das águas, aberta a cascata
Cúmplice náufrago dessa fome que me nutre
No horizonte a poesia em sede
Na pétala desbragada do verso colho-me
-em concha de poema urgente-
Karinna*
**
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Síncope*
Espraio-me no corpo celeste do verso
Como se estrelas em mar me beijassem
Solitárias viagens que nunca foram
Não sendo, esmaecidas nos idílicos dias
-sei-me flor no cume desse monte-
Varro dos olhos toda a impureza
Mordo o pêssego da palavra
Sem tradução um sentimento
Das faces, a poesia resvala
-fértil flora, fecundo ventre, lâmina imola-
É dor e se há sofrimento
O grito escapa das borboletas nos dedos
Se faz dia na ponta do lápis
Sou chuva, meteoro, ungüento
-uma prece em sopro, verbo em juramento-
No fim das águas, aberta a cascata
Cúmplice náufrago dessa fome que me nutre
No horizonte a poesia em sede
Na pétala desbragada do verso colho-me
-em concha de poema urgente-
Karinna*
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