Saudade Funda

O corpo dorme, o espírito sonha.

Um encarcerado nos barrotes da carne.

O outro alçando-se em voo sobre a

Mediocridade plana da vida.

Antes ser criança.

Sou como um poema que não chegou a ser.

A saudade é funda

E o tempo acaba.

Talvez depois de lá

Eu volte a ser o que não fui,

O que sempre quis ser,

O que sonhei,

O que serei.

2009

Nagib Anderáos Neto

neto.nagib@gmail.com

www.nagibanderaos.com.br