Vida

É um homem deitado

Jogado igual caco

No meio do asfalto

Morrendo a mingua

Sem quem o distingua

De um vira-lata.

É um sabado na praça

E a espera do exílio

Não mais que sozinho, esperando auxílio.

É acostumar-se com o tropeço

Mesmo que tudo ao avesso

E os miseráveis lhe dão esmola

E você inconsolável, chora e chora.

É gente passando a frente

Mas pessoas passam, a gente nem sente

E vamos-nos arranhar de saudades

Dos tempos passados, da mocidade

Pensar como os problemas eram diferentes

E ir andando como sempre, continuamente.

Felipe Alves Freitas
Enviado por Felipe Alves Freitas em 26/12/2009
Reeditado em 29/12/2009
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