Soneto do Corpo

Água que passa pelo corpo

Transcorre latina feito mel

Equilibra sensações e apreços

Tomo da toalha sua maciez

Deixando apenas o escorrer de gotas

Que pelo curto cabelo deslizam

Minha barba com flocos brancos

Ainda lisa pelo banho, banha a face

Aromas de almiscar para o deleite

E o frescor da noite que abrange

O caminho é curto até a porta

Onde ressonas em certa calma

Do leve tremor dos músculos

Que vibram pelo aroma que te chega

Mesmo sem se virar, já sabes

A noite engatinha dengosa

Teus pés tem uma suavidade ímpar

E tuas coxas desnudas e alvas

Tremem ainda mais com a aproximação

O deslizar das mãos te alertam

E as poucas rendas que te cobrem

São lançadas de cara no chão

Teus seios rijos pedem meus beijos

Teu ventre em ardente combate

Tem esta boca com minha quente saliva

De sussuros, invocas gemidos agudos

Pelo prazer que te tomo

Tua boca quer me saciar

Mas retenho tua volúpia

Quero tua carne entumescida agora

Agarro-te pelas ancas sem pressa

Arrancando mais gemidos de tua lascívia

E neste templo de amor

Coloco toda a fúria do meu teso

Até estancarmos com o gozo intenso

Ainda arfando, tomo mais um beijo

Segurando teus seios firmemente

Uma tomada final, linda

O calor intenso me leva à água

Você vem devagar, é um refresco

Para tomar o resto da noite

Entre beijos, voltamos para o amor!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 26/05/2005
Reeditado em 04/11/2006
Código do texto: T19946
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