Soneto do Corpo
Água que passa pelo corpo
Transcorre latina feito mel
Equilibra sensações e apreços
Tomo da toalha sua maciez
Deixando apenas o escorrer de gotas
Que pelo curto cabelo deslizam
Minha barba com flocos brancos
Ainda lisa pelo banho, banha a face
Aromas de almiscar para o deleite
E o frescor da noite que abrange
O caminho é curto até a porta
Onde ressonas em certa calma
Do leve tremor dos músculos
Que vibram pelo aroma que te chega
Mesmo sem se virar, já sabes
A noite engatinha dengosa
Teus pés tem uma suavidade ímpar
E tuas coxas desnudas e alvas
Tremem ainda mais com a aproximação
O deslizar das mãos te alertam
E as poucas rendas que te cobrem
São lançadas de cara no chão
Teus seios rijos pedem meus beijos
Teu ventre em ardente combate
Tem esta boca com minha quente saliva
De sussuros, invocas gemidos agudos
Pelo prazer que te tomo
Tua boca quer me saciar
Mas retenho tua volúpia
Quero tua carne entumescida agora
Agarro-te pelas ancas sem pressa
Arrancando mais gemidos de tua lascívia
E neste templo de amor
Coloco toda a fúria do meu teso
Até estancarmos com o gozo intenso
Ainda arfando, tomo mais um beijo
Segurando teus seios firmemente
Uma tomada final, linda
O calor intenso me leva à água
Você vem devagar, é um refresco
Para tomar o resto da noite
Entre beijos, voltamos para o amor!
Peixão89