Na curva da enseada

Na curva da enseada

noite enluarada

caminhando na calçada

sozinha abandonada

A noite era densa

as estrelas ofuscadas

nem mesmo o abismo do silêncio

tira o ânimo da caminhada

adiante, o canto da água jorrando

Chuá... Chuá... Chuá...

Guerreira andante

passos trôpegos

não hesito em manter-me inteira

contra as margens do abismo delirante

empunho a bandeira da esperança.

Sonho com a musicalidade da lira,

noite de lua cheia,

luz fria, calma sombria

faz-se nascer a madrugada

toc... Toc... Toc...

acertando passos seguros.

Rosa Firmo

Natal, 05/04/2006

Roseli
Enviado por Roseli em 22/07/2006
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