Labirinto
 
Estou preso em teus tentáculos pegajosos,
Que me espremem e roubam meu ar.
Como queria me libertar desse labirinto
No qual fui me aprisionar.
 
Perco o chão e me some a fala,
Mas não é por emoção,
É mais uma surpresa ingrata
Dessa insensata prisão.
 
Odeio-te ao sentir-te invadindo
Esse meu corpo tão indefeso,
E me pego ainda me odiando
Por deixar-me tão facilmente
Assim ser preso.
 
Mas quero me libertar
Desse teu claustro o quanto antes.
Pois viver neste teu labirinto
É a vida mais angustiante.
 
201209
Fábio Codogno
Enviado por Fábio Codogno em 24/12/2009
Código do texto: T1993634
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