Poesia de Bolso 41
Toma,
Já não me quero mais!
Quero antes a ti
Que a mim roubaste do espelho
Deixando um contorno impreciso.
Acendo um cigarro...
Levanto e abro a janela
O sol me atesta
Que existe vida lá fora
Embora aqui dentro o que more
Seja a sombra da demora...
De mim mesmo exilado
( De que lado fica o mundo? )
Vou trilhando os descaminhos
Sou rascunho extraviado
Como é não ser sozinho?