Nossa própria poesia

Somos mãos, milhares de mãos

seguras pela nossa própria poesia.

Descrevemos a vida através das palavras,

saudamos o destino em nossos versos.

Somos mãos, milhares de mãos

que desdenha de incautos vazios.

Retratamos o amor e a tristeza

num mesmo cenário, numa mesma tela.

Somos mãos, milhares de mãos

presas, escravas, súditas da poesia.

Desenhamos em versos nossos mais

profundos sentimentos, o nosso ser.

Somos mãos, milhares de mãos

a emoldurar a mais densa tristeza,

a mais sensata e incrédula razão,

a mais insana e incerta forma de amar.

Somos mãos, milhares de mãos...

Diversos dedos... Dezenas de abraços...

Cores diversas... Uma só lágrima...

Um largo sorriso... Sentimentos... Versos...

Somos mãos, milhares de mãos...

Tulio Rodrigues
Enviado por Tulio Rodrigues em 24/12/2009
Código do texto: T1993438
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