IMAGINAÇAO IMAGINADA
Ideei uma deliciosa cena!
Uma lareira ou apenas um simples castiçal com velas ornamentais de suave aroma e afrodisíaco. Prefiro imaginar um perfume cítrico e forçar meus pensamentos para senti-lo. Duas belas taças com suas bordas finas, longa estruturas e a sua base larga e sinuosa Acompanhando um pró-seco ou quem sabe um tinto suave.
Suadas com pequenas gotículas escorrendo pelo arredondado vidro
O tapete no chão, onde estamos acomodadas e uma mesa estilo oriental em seu vidro temperado que nos separa com uma bela barca repleta de combinados de sushi. Cada uma de um lado. Eu e você.
Além de nós duas, a música instrumental que nos aliviava toda a tensão que nos sobrecarrega desse primeiro encontro, e que nos separa do mundo externo. Através das janelas e portas de vidro podemos ver as estrelas e a lua que banha a piscina, alguns coqueiros que parecem celebrar nosso encontro com sua dança de ida e volta.
Nossos olhos se cruzam ligeira e avidamente
A nossa respiração se correspondiam na mesma proporção e rapidez.
Entre uma citação e outra nossos sorrisos se disseminavam e entre eles se comunicavam dando uma resposta de aprovação.
O meu coração acelerava toda vez que você colocava a taça sobre a mesa ou movia-se para uma posição mais agradável. Com pequenos intervalos ouvíamos o ponteiro do relógio que sorria conosco em seu TIC-TAC, o que despertava o nosso olhar em sua direção.
Com aqueles minutos se passando eu conhecia as expressões do seu rosto e cada e todo movimento trazia-me o seu cheiro, o que para mim era afrodisíaco e inspirador.
Mais uma taça
Que foi um pedido, um inicio
Para tocar-te
Pedi para ver as suas mãos
Com isto a medimos e sentimos uma a outra.
A sua mão maior e macia;
A minha pequena e mais áspera com uma leve umidade.
Esse toque foi a percepção de mútuos desejos
Elas se atrelam com força
E num súbito se largam.
Você encosta a cabeça na extremidade do sofá
E ouço o som da saliva que desce pela garganta
Som este que me convida a observá-la, Então
Concentro-me em sua boca, que me convida sigilosamente
Com uma leve e demorada passada de língua sobre seus lábios.
Você toma mais um gole e encosta novamente a sua cabeça
Desta vez fechando os olhos...
Coloco o vinho na boca e banho a minha língua até que o vinho esquente sobre ela
Engulo-o e sinto aquela fervura descer em meu interior
Isso me aquece, e eu sem permitir que você torne a abrir seus olhos
Arrisco com beijos que foi deliciosamente correspondido.
Isso tudo sem te conhecer, mas por te querer
Deixei meu pensamento florescer
E quem sabe você deixa isso um dia acontecer.