Palavras
Não sou eu quem diz,
As poucas palavras que me sobram,
São os poetas desconhecidos,
Que de minha alma florescem e brotam.
São palavras roucas,
Só ouvidas no quase silêncio,
E lidas nas páginas dos dias.
Quem são os dignos,
De às proferirem?
São só palavras usadas,
De nada valem suas letras,
De tudo valem seus significados.
Apenas o irrepreensível sentimento dito,
A límpida emoção falada,
É a minha alma inteiramente descrita,
Pela ponta de uma caneta vermelha.
Simplesmente palavras sublimes,
Concretizando o abstrato.
Fernanda Freitas
22/12/09