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Harpa*

Ouço-te com a pele
Recolho-te em vão de ternuras
Um sol inunda o leito enluarado
O desejo dedilha a harpa nua

Dança dança, dança amor
Nas cordas serenatas dos dedos
Onde a bruma esfumace
Os contornos dos receios

Ergue-se uma manhã perfeita
De orvalhadas dádivas em seios
A boca um lírio aberto e sorrateiro

Na imensidão dos gestos
Sobram aromas, amor e desejo.


Karinna
Enviado por Karinna em 22/12/2009
Reeditado em 08/07/2011
Código do texto: T1991477