O Pretendente
Em quando faço plano,
Conquistas riscadas em pedaços de papel,
Declarações separadas perdidas
Voando, roubadas ou seqüestradas pelo vento,
E do bico do passarinho um pedaço é carregado,
Para qual destino, não sei ao certo,
Nem passarinho tem destino,
Voando ave aventureira, sacia a liberdade,
Céu azul, suas asas pintam o mundo.
Eu queria ser esse pretendente,
Ter o pedaço dessa liberdade,
Arrancar do vôo rasante meu grito
E minha sede vai, saciada a vontade,
Tragar a riqueza do mundo ficarei
Embriagado no eterno berço da terra.
Deitado e adormecido,
Saciado e pretendendo,
O sorriso azul da deusa mãe.
( Rod.Arcadia)