Por nenhum mérito
Escrevo.
Creio na sorte, sem trevo.
Nem carrego pé de coelho.
Minha cor ainda é o vermelho
de um querer apaixonado.
Escrevo.
Sou poeta de ocasião,
disserto sobre a paixão
de um sujeito abandonado...
Personagem desabitado,
invenção de outro sistema...
Imunológico poema
que nem mesmo aos olhos daquela,
aquele que fiz para ela,
com certeza não vai entrar.
Escrevo.
Essa é minha forma de entender,
de me desfazer, de desabafar...