Algumas Palavras
Eu andava ainda ali, nas ruas de outono
Buscando, no bolso da velha calça, as novas promessas
Querendo não deixar essas gotículas de amargura rolarem
Prendendo o choro infantil, a detestável sensação de solidão
Nada no abraço da manhã aqueceu minhas veias enregeladas
E é estranho sentir a brisa da noite sem seu hálito de flor
Aquela gostosa quentura que só a sua pele traz
Sem isso a vida passa triste... O sol e a lua não substituem a beleza de sua face!
Eu pego meu violão... 3:30... Uma elegíaca melodia nasce
Algo sobre Deus, sobre não ser, sobre não ter você
Quem ama ainda chora, outros sorriem, todos esquecem
No fim, o dia vem, e eu preciso te dizer: eu amo!
Mesmo que não transpasse os muros do teu ser
Já venci por lutar numa guerra com sentido!