Silenciosa esperança.

O silencio que vaga em minha voz

E traduz nas palavras que dispenso

Pelas frestas dos verbos vãos que penso

Na vertigem que o som traga feroz.

Pois o canto reprime em todos nós

Como força desdobra noutro senso

Apontando o prazer que jaz suspenso

A garganta conforma rumo e foz.

A palavra se mostra lua e sol

Outra noite soberba quando aflora

Cor de prata em precioso arrebol

Seja o dia pela luz que rememora

O big bang, o primórdio do farol,

Silencioso tributo de Pandora.