Louco!
As folhas no chão, retrato vazio na mesa
Foi passando... A angustiante sensação de deserto
Os jardins negros, rios de águas ferventes
Razões perdidas, razões tolas... Meras desculpas!
A escada está lá, mostrando o alto, mas levando pra baixo
E seus vultos nas paredes, nas ruas
A minha canção é sua doce morada, anjo da dor!
Descontrolados e insensatos olhos que choram...
É difícil entender como posso ser meramente ilustrativo
Louça na sua casa sem portas ou janelas
Definhando nas suítes de seu tresloucado joguete
Indo de vento em vento, trazido pela memória
As gotas suaves de saudade preservam a insanidade
Dessa arte sem sentido que decora esse céu aveludado
Anjos que se contorcem no frio da falta de esperança
MAs que se alimentam de poucas migalhas de alvorecer