“Redemption”

I

Entre meus pesadelos sepulcrais

Lembrei-me certa noite,

Que houvera deixado um mundo pra trás

Um mundo de felicidade impecável

De uma alegria impermeável

Ah! Decerto pensei...

As pústulas de uma alma

Que é entregue à boemia obscura

É fadada a prisão da carne:

Que nos corrói...

Que nos corrompe...

Que nos aquece...

Nos excita, nos preenche...

E nos enche de tesão...

Será realmente um castigo?

Ou a real redenção?

II

Suarento, acordar entre canteiros,

Ébrio, acordar noutros leitos...

Viver num cambalear alucinante

Divagar na “lucidez” inebriante

Das orgias que vivo sujeito...

Existo em dormente nostalgia

Que enquanto viva, me completa.

Gozar e divagar em fantasias

Entremeadas de ressacas histéricas

Amar esta tragicomédia,

Fazer da treva meu abrigo.

Será a real redenção?

Ou realmente um castigo?

(escrito em 2001)