A TRISTEZA...

É como treva

A invadir

O mais recôndito

Canto do ser...

Ela se insinua

Devagarzinho

Na forma

De saudade

Que aperta

Um pouquinho...

Depois ela

Se avoluma,

Se agiganta,

E se torna melancolia

Doentia...

Depois se derrama

Em lágrimas

Amargas,

Descrentes

Que nos fazem

Esquecer de Deus

De repente...

Ah! Como é triste!

Não poder arrancar

A tristeza

Do coração

De quem se ama...

Ah! Mas como é bom!

Saber que tudo passa

Com o tempo

Que tudo muda

E que nada

Fica igual

Que tudo

Vai ser diferente

No final...

Ah, Senhor!

Se posso pedir!

Peço-lhe arranca

A tristeza do mundo

Nos faz enxergar

A beleza do teu amor!

Sempre a gritar

Estou aqui!

Olhe pra mim...

Ah! Como é bom saber

Que no futuro

Tudo vai ser

Diferente!

Que só o que é

Bom!

Belo!

E justo!

Vai imperar...

Amanhã Senhor

Isso vai chegar...