Poesia
Poesia que nasce rasgando-me as entranhas,
Entre as lágrimas das minhas verdades...
Pisando a terra bruta, desconexa, tão incerta,
Derrubando muros de inverdades e vaidades...
Poesia que grita nos recônditos da minha alma,
Que reclama a falta de afeto, de um mundo louco,
De homens sem fé, sem caráter, sem rumo...
Que em seus versos nasce e morre um pouco...
Poesia que quer sonhar ainda, quer vibrar em suas
Rimas... em sua melodia de amor pulsante...
Mostrando a cara da vida, o outro lado da morte...
Ainda cobra sonhos, esperança a cada instante...
Poesia que me faz visionária, missionária do afeto,
Caminhando pelos orbes escuros, empedernidos,
Pedindo união, paz... levando claridade... luz...
Fazendo-me gritar... em nome dos desvalidos...
Vamos então poesia, vamos falar aos corações
Descrentes... onde o amor não mais arde...
E tudo o que lhes resta é a tenebrosa noite...
Vamos poesia, antes que seja muito tarde!
Mary Trujillo
© 08.07.2006
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