A rosa.
Olho novamente
a mesma rosa
no mesmo lado
do lago frio
da solidão
a rosa chora
a rosa implora
por um calor
por uma paixão
mas o silêncio
da nobre rosa
da pobre e dócil
pequena rósea
a despe
de suas pétalas.
pobre rosa
tão rosa és
como as manhãs
do meu verão,
mas tão gelado
é teu botão,
que entre espinhos
nos meus caminhos
és coração
não chores rosa
teu leve pranto
morre no chão
em teu suspiro
vejo uma estrela
de emoção
mas com o sol
perdes a dor
e o calor
do coração
mas tú rosa
somente rosa
mesmo em prosa
guardas contigo esta canção
que este lago
guarde teu lado
perto do lado
do coração
que a fez rosa
mesmo manhosa
que desabrocha
sobre este chão
e que teus prantos
como teus mantos
descançem em paz
e sejam capaz
que de eternizar esta canção.
que viva e morra
todos os dias
e que derramem
os mesmos prantos
quando sentirem
o frio intenso
da solidão.