Ato Final
I
No ultimo dia de minha vida
haverá um sorriso malsinado
atapetando-me a face.
Transito de alegrias fenecidas
e queixumes mazelados.
No olhar, um quintal de sílabas
com expressões ausentes
cristais exaustos de tempo
sem brilho suficiente.
As mãos, convalescerão no colo
como duas rimas mortas
brancas, cálidas e frias...
livres de qualquer dizer.
II
Na alma, a embriagues do inverno
céu encoberto de lembranças
desapropriando enganos eternos.
III
No ultimo dia de minha vida
terei o perfume simplificado das palavras
em magias florescidas
o mais, continuará nos poemas
em ilusões desmedidas...