UMA VIDA COM SENTIDO

Quando se vive um amor proibido, parece que o mundo desaba, tudo fica às avessas, de trás pra frente ou de frente pra trás. É ai que dizemos sempre que a vida não tem sentido e quando pensamos assim, queremos logo mudar o destino, buscando o sentido num novo amor.

Mas, muitas vezes, é essa a questão mais complicada, porque é muito difícil trocarmos algo enraizado e com raízes profundas, por qualquer coisa absolutamente nova, tão nova que ainda nem existe, e é apenas uma busca. Assim sendo, procuramos o encantamento de um inexistente príncipe, aquela figura imaginável das historinhas que ficaram em nossas mentes desde a infância e que sumiram como passe de mágica quando começamos a amadurecer para a dura realidade da vida.

Um príncipe hoje, deverá ser bem empregado o suficiente para nos dar, além do seu carinho, todo um suporte de segurança e conforto, estabilidade econômica e financeira, que garantam um relacionamento emocional estável.

É nesse sentido ou por falta disso que vemos amores proibitivos no que tange à permanência do verdadeiro amor, para ambas as partes, livrando dos estresses do dia a dia.

Amor só por amor, do ponto de vista físico, com o tempo acaba e muitas vezes rapidamente: um belo rostinho, um corpo lindo, e o tempo, por mais que cada um cuide de si, sofre os efeitos da oxidação que gera desgastes e antecipa a velhice, sobretudo, quando as relações não se tornam estáveis e esse amor que pareceu ser paixão e eterno, acaba em desilusão e a vida amorosa mergulha num mar sem ter sentido.

Mas, queremos afirmar que não podemos, nem devemos jamais, deixar de acreditar num outro sentido que a própria vida em si, contém, e lembrarmos que ela, a vida, é muito dinâmica e que não há mal que perdure para sempre se buscamos a renovação no dia a dia de nossas vidas. Amor reciclável, vida customizada.

Plagiando o poeta Vinícius de Moraes, concluímos dizendo que: “há sempre um novo amor em cada novo amanhecer...” para devolver todo o sentido às nossas vidas ou ainda: “se não tivesse o amor, se não tivesse essa dor, se não tivesse o sofrer e se não chorar, melhor era tudo se acabar!...”

E temos dito!

Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 17/12/2009
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